
Por Ascom Fundação Guamá/Imagem: Divulgação
A instituição também ampliou sua rede de parcerias, com mais de 40 organizações nacionais e internacionais, entre órgãos governamentais, universidades, institutos de ciência e tecnologia, empresas e organismos de cooperação internacional. Entre os parceiros estão o Governo do Estado do Pará, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o BNDES, a Finep, o Sebrae Pará, além de empresas como Norte Energia, Fundo Vale, FUNBIO e organizações internacionais como Guyane Développement Innovation (GDI), CEiiA (Portugal) e IDEAS (BRICS).
Para João Weyl, diretor-presidente, o crescimento das parcerias abriu portas e trouxe novos desafios. O primeiro ano da nova gestão executiva foi marcado por aprendizados e mudanças significativas nos primeiros meses do ano. “Depois disso, começamos a nos organizar para tratar da nossa meta e creio que a reestruturação da Fundação Guamá, a partir da ativação da diretoria técnica e de sua visão sobre captação, acompanhamento e inovação, foi algo novo e necessário. Implantamos uma gerência de inovação que nos ajuda, porque a Fundação precisa se estabelecer como uma ICT”, reforçou.

Fortalecimento institucional
Na área administrativa, a Fundação Guamá realizou ações estratégicas com a aprovação da Política de Inovação, fortalecendo o papel como Instituição Científica, Tecnológica e de Inovação (ICT) e ampliando, assim, o acesso a políticas públicas de fomento. Também foi aprovada a Instrução Normativa de Ressarcimento para ICTs.
A reestruturação das diretorias técnica e administrativa-financeira trouxe maior clareza aos processos, alinhamento ao Marco Legal de Ciência, Tecnologia e Inovação (MLCTI) e mais flexibilidade organizacional com a criação da Gerência de Contratos e Receitas. A agenda interna inclui ainda um minicurso sobre o MLCTI, com foco na capacitação de colaboradores sobre parcerias de PD&I, propriedade intelectual, transferência de tecnologia e a Lei de Inovação. Renato Francês, diretor técnico, reforça a importância das mudanças. “Havia uma quantidade excessiva de retrabalho e, em regra, fazia-se a mesma coisa. Hoje temos um pipeline quase perfeito do que é um processo de inovação, uma sequência interligada, independente e harmônica de eixos, de uma ponta a outra. Um setor capta, depois passa para outro que gerencia, monitora, dialoga com o pesquisador. E hoje é quase inevitável que a inovação gere produtos, com repercussões em propriedade intelectual e transferência de tecnologia”, explicou.
Danilo Cosenza, diretor administrativo e financeiro, destaca no primeiro ano de gestão as ações de reforço da equipe, com a permanência de colaboradores e a chegada de novos profissionais com expertise em ciência, tecnologia e inovação, além de conhecimento jurídico e técnico. “A gente melhora nossos processos, investe em pessoas e se lança para se reestruturar visando um próximo ano melhor. Nosso grande trabalho neste primeiro ano foi fortalecer a imagem e a identidade institucional. Avalio que os pesquisadores já sentiram isso e confiam mais na Fundação. Esse investimento em pessoas e processos têm gerado frutos de percepção e de valor para a instituição”, afirmou.

Inovação e impacto social
Em 2025, pela primeira vez, a instituição firmou contratos com a empresa Norte Energia para a execução dos projetos Sistema Inteligente de Gestão Energética do Complexo Hidrelétrico de Belo Monte e Protocolo Padronizado de Monitoramento Ambiental. A Fundação também firmou compromisso com o Observatório da Bioeconomia, da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Educação Profissional e Tecnológica (Sectet), que integra o Plano Estadual de Bioeconomia do Pará e reúne dados produzidos por diferentes secretarias e instituições, possibilitando uma leitura integrada de informações estratégicas sobre sociobiodiversidade e conservação da Amazônia.
Estudos sobre hidrogênio e eficiência energética, projetos de monitoramento ambiental, inovação em sistemas elétricos e o desenvolvimento de uma embarcação híbrida para atendimento médico e teleatendimento também estão entre as parcerias firmadas.
Entre as ações de impacto socioambiental destacam-se o Projeto Naturezas Quilombolas, com investimento de R$ 47,6 milhões do BNDES; o Projeto Raízes Femininas, que beneficiará 440 mulheres rurais no Pará e no Amapá; e o Projeto Resset Assurini, voltado à restauração de áreas degradadas no Baixo Xingu. Há ainda projetos focados em cadeias da sociobiodiversidade, manejo florestal sustentável, restauração ambiental e economia solidária.



Gestão do PCT Guamá
No contexto da gestão do Parque de Ciência e Tecnologia (PCT) Guamá, iniciativa do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação Superior, Profissional e Tecnológica (Sectet), a Fundação implantou o Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, promoveu ações de maior integração com a comunidade do entorno do parque, como cursos de letramento digital e oficinas de compostagem, abriu o primeiro edital para associação de laboratórios, com 17 já em processo de integração ao ecossistema.
A instituição também apoiou a aprovação de dois Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs) liderados por pesquisadores que atuam no ecossistema: o INCT Inteligência Artificial Aplicada às Cidades Inteligentes e Sustentáveis na Amazônia Brasileira (IAmazônia) e o INCT “Processamento e Transmissão de Sinais para Análise e Monitoramento Ambiental” (STREAM).
Responsável pela gestão do complexo, a Fundação também participou do Grupo de Trabalho voltado à Estratégia Paraense de Inteligência Artificial (EPIA) e do Marco Legal Estadual sobre o uso da IA, desenvolvido pelo Governo do Pará, além de passar a integrar o Comitê Consultivo do Programa de Qualificação para Exportação (PEIEX), executado pelo Sebrae Pará.
Parcerias internacionais também foram firmadas, conectando o PCT Guamá ao mundo por meio de cooperações com instituições da Europa, América do Sul e países do BRICS. A organização e recepção de eventos de relevância nacional e internacional também foram destaques ao longo do ano no parque tecnológico do Pará, como workshops temáticos, encontros preparatórios para a COP 30 e a Tech Zone, que reuniu mais de 700 pessoas no complexo.


